Uma funcionária do Departamento do Interior tornou-se na quarta-feira a primeira nomeação política judia a renunciar publicamente em protesto ao apoio dos EUA à guerra de Israel em Gaza.
Lily Greenberg Call, assistente especial do chefe de gabinete do Departamento do Interior, acusou o presidente Joe Biden de usar judeus para justificar a política dos EUA no conflito.
Call trabalhou nas campanhas presidenciais de Biden e da vice-presidente Kamala Harris, e era uma ativista e defensora de Israel em Washington e em outros lugares antes de ingressar no governo.
Em uma entrevista à Associated Press, Call apontou comentários de Biden, incluindo em um evento de Hanukkah na Casa Branca, onde ele disse "Se não houvesse Israel, não haveria um judeu no mundo que estivesse seguro" e em um evento no Memorial do Holocausto de Washington na semana passada, onde ele disse que os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro, que desencadearam a guerra, foram motivados por um "antigo desejo de exterminar o povo judeu".
"Ele está tornando os judeus o rosto da máquina de guerra americana. E isso é tão profundamente errado", disse ela, observando que seus antepassados foram mortos por "violência patrocinada pelo Estado".
Os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro mataram cerca de 1.200 pessoas em Israel. A campanha militar de Israel contra o Hamas em Gaza matou mais de 35.000 palestinos.
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